Bem-Vindo!

O Dama da Noite como todos sabem fechou as portas no lindo casarão da Gomes Freire no ultimo dia do ano de 2005 mas o nome já é referencia cultural e de boa musica. Por isso estaremos ocasionalmente recomendando eventos e shows que merecerem o nosso apoio. Vejam fotos
http://picasaweb.google.com/marcia.dantonio/DamaDaNoite#

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Bip Bip


O Bip Bip é um botequim minùsculo mas delicioso em Copa. Vejam descrição do Paulo Neves o Samba e Choro e comentários sobre o bar que peguei no site http://www.digestivocultural.com

Podem saber mais no livro
Confesso que Bebi, do Jaguar (Record, 2001), no capítulo que tem o mesmo nome do bar; através dos Guias Rio Botequim de 98, 99 ou 2000, dos links inseridos neste texto ou pelo livro Bip Bip, Um Bar a Serviço da Alegria, de Francisco Genu, Luís Pimentel e Marceu Vieira (edição independente, 2000)

"Passando desatento de dia dificilmente você perceberá que este pequeno botequim é um dos quilombos de resistência do samba. Pelo menos até prestar atenção nas paredes revestidas por fotos de grandes sambistas, reportagens de jornal falando do bar e do Botafogo, e caricaturas do Afredo, o dono do bar. Nos domingos de noite a coisa muda, o que era pequeno passa a ser apertado, e o samba rola solto. Ou melhor, não muito solto pois a prefeitura proíbe as mesas na rua e dá multas pesadas caso o samba passe um segundo das 22h. Na terça o dia é de choro e o bar fica mais vazio, e por isto é meu dia preferido, mas mesmo com a música baixinha dentro do bar e sem incomodar ninguém, eles têm que fechar até 1h. Não é raro acontecerem rodas improvisadas nos outros dias da semana, se estiver por perto vale sempre passar por lá.
A qualidade dos músicos varia muito, sendo quase sempre uma mistura de profissionais com amadores. A roda tanto pode estar cheia de meninas sacudindo aqueles insuportáveis ovos que são como chocalhos, ou pode-se deparar com Beth Carvalho, Walter Alfaiate ou alguns dos melhores músicos de choro. Não há qualquer amplificação dos instrumentos, o que significa que nos dias em que está cheio, como nos domingos, fica difícil ouvir alguma coisa.
O mais bacana mesmo é o ambiente, o mais perfeito espírito de botequim. Cheio de gente bacana e amiga. O cliente tem que pegar sua própria cerveja no freezer, às vezes até mesmo sendo o responsável por anotar a despesa. Há ainda o folclórico mau-humor do Alfredinho. Ir ao Bip sem assistir ao Alfredo dar um esporro não conta ponto. Tudo fachada de alguém que é adorado por seus clientes e amigos. Resumindo,o Bip só não é melhor porque não jogam água nos seus pés nem tem ovo colorido no balcão:-). "

"O que me ocorre quando penso no Bip Bip é que, de todos os donos de botequim que conheço, Alfredo é o mais parecido com um freguês. Mas isso é tão óbvio que, certamente, Alfredo está cansado de ouvir observações desse tipo. Não há a menor dúvida de que ele criou uma das obras primas da boemia carioca.”
(Sérgio Cabral)
“O Bip Bip é, sem dúvida, o melhor dos piores botequins do mundo” (Altair Baffa)
“O Bip Bip é a melhor mentira que todos querem cultivar” (Didu Nogueira)
“O Bip Bip é o único bar que conheço sem fins lucrativos” (Jaguar)
“A vida depois do Bip Bip não é mais a mesma. É para holandês ver e aprender. Que a melhor música do Rio é ao ar livre e é grátis. Que se escuta pendurado numa lixeira da Comlurb, ou deitado no capô de um carro. Que, todavia, se faz amigos num bar. Que vida se festeja. Que bondade ainda é coisa de grande cidade.” (Ineke Holtwijk)


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