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O Dama da Noite como todos sabem fechou as portas no lindo casarão da Gomes Freire no ultimo dia do ano de 2005 mas o nome já é referencia cultural e de boa musica. Por isso estaremos ocasionalmente recomendando eventos e shows que merecerem o nosso apoio. Vejam fotos
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Fotógrafo da boemia da Lapa há 40 anos luta contra doença e pode ficar cego


Vamos ver o que podemos fazer para ajudar!

Ele estava sempre no Dama, conversavamos muito. Ele sempre tinha sugestões para que eu não desistisse. Sempre muito elegante, quando precisava subir em uma cadeira para caprichar na foto, tinha sempre algo para colocar na cadeira antes de subir para não sujar o assento. Nunca foi incoveniente, sempre muito discreto, não insitia com os clientes. Um verdadeiro cavalheiro.

Vejam a reportagem que acabei de ler no Globo On Line

Fotógrafo da boemia da Lapa há 40 anos luta contra doença e pode ficar cego

João Paulo Arruda - Extra

Há pouco mais de uma semana, um boato assustou os boêmios da Lapa. Sérgio Silveira, o Gaúcho, de 75 anos, teria morrido num assalto. A notícia mostrou-se falsa, mas o que poucos sabem é que o fotógrafo oficial da boemia lapiana há mais de 40 anos vive um drama: vítima de descolamento de retina nos dois olhos, ele corre o risco de ficar cego e procura ajuda para fazer uma cirurgia.

- Não quero fazer uma campanha. Espero que, com a notícia no jornal, alguns dos que me conhecem da noite resolvam ajudar - diz ele, que precisa de R$ 10.400.

Gaúcho convive com o problema há 14 anos. Tudo piorou há cinco, após uma cirurgia de catarata. Agora, o descolamento atinge os dois olhos. Mas o velho fotógrafo, que todo mundo conhece pelo visual cuidadoso, gravata borboleta sempre no lugar, não perde a elegância nem ao dizer que tem pouca esperança:

- O médico me disse que a chance é pequena de resolver o deslocamento. Eu falei para ele que vou ficar cego e ele não teve coragem de desmentir. Mas vou tentar assim mesmo.

A intervenção seria feita no Instituto Brasileiro de Oftamologia. Gaúcho recusa-se a revelar o nome do médico:

- Só falo quando a cirurgia der certo.

Mesmo idoso, Gaúcho ainda cumpre uma dura rotina de lua a lua. De terça-feira a sábado, sai de casa, na Lapa, por volta das 22h, para circular pelas principais casas noturnas do bairro oferecendo suas fotos polaróides. Aos domingos e segundas-feiras, prepara seu material em casa e trabalha nos originais do livro que está escrevendo sobre a Lapa:

- O período do início do bairro até os anos 70 eu pesquisei. O resto eu fotografei.

Casamento sobre os Arcos

Apesar do drama, Gaúcho não perde a esperança de continuar enxergando e mostra otimismo de sobra até para sonhar. Nos últimos tempos, vem acalentando a idéia de encontrar uma terceira esposa. E quer se casar no alto dos Arcos da Lapa:

- Basta a prefeitura permitir, e a mulher topar.

Aliás, no quesito relacionamento, Gaúcho confessa que nunca foi bem-sucedido. Inclusive, foi por um revés amoroso que ele se tornou fotógrafo.

- Eu vendia livros e fui embora para o Paraná levando minha mulher, que trabalhava no mesmo ramo. Chegando lá, ela me traiu. Voltei para o Rio, entreguei-a para a mãe dela e fui morar perto da Central do Brasil, levando só um despertador. Um amigo me emprestou uma máquina e fui trabalhar na Praça da Cruz Vermelha.

Anos depois, Gaúcho se casou com a segunda mulher. Mas, desta vez, foi a nova profissão que ficou no caminho do relacionamento.

- Ela me deixou há 14 anos. Disse que não agüentava mais viver na pobreza. Pelo menos, me deixou um filho. Ele tem 30 anos e serve na Marinha - conta.

Às possíveis pretendentes, Gaúcho avisa que é um homem fácil de conquistar.

- Como você pode ver, não sou muito simpático. Nunca fiz muito sucesso com as mulheres. Então, se ela gostar de mim e me der uma chance, me apaixono facilmente - revela o último romântico da noite mais boêmia do Rio.

Ele é o contrário do paparazzo moderno

Gaúcho faz questão de dizer que nada tem a ver com seus colegas que atuam como paparazzi.

- Se alguém me diz que tem algo extraordinário acontecendo ali, saio andando para o outro lado. Faço foto para vender para as pessoas que são fotografadas. Não quero confusão - diz.

Se, por exemplo, Gaúcho chega a algum lugar onde a mulher que está acompanhando o homem quer uma foto, mas o sujeito em questão avisa, discretamente, que não dá, o velho fotógrafo não insiste:

- Eu mesmo invento uma desculpa. Melhor assim porque, um dia, o cara, quando puder, vai querer uma foto minha.

Gaúcho conta que ainda é possível sobreviver do ofício, mesmo depois do advento das máquinas digitais e dos celulares que fotografam.

- Eu sou único, minhas fotos são diferentes. E agora cobro mais por elas.

Ele clica cerca de 150 fotos por mês. Uma polaróide do Gaúcho custa R$ 20, mas ser imortalizado pelo fotógrafo "oficial" da boemia da Lapa, que tem no currículo dezenas de famosos (confira imagens ao lado), não tem preço.


3 comentários:

Ivo Korytowski disse...

Será que não dá pra organizar um show em benefício dele???

Marcia D´Antonio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcia D´Antonio disse...

È uma ideia. Eu ontem estive com ele no Capela e peguei seus contatos caso alguém possa ajudar.
Sergio Silveira
Tel:25318078
email:gauchofotografo@yahoo.com.br