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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Jorge Aragão promete promete samba "de pegada" e, novo bar da Lapa, será???

Toda vez que abre um novo bar na Lapa eu fico esperançosa sobre a qualidades da programação musical de samba , uns começam bem mas depois caem. O mais dificil é manter a qualidade da musica e no resto depois que passa o entusiamos do inicio e começamos a conhecer o tamanho dos problemas.

Fora o Carioca da Gema não temos muitas opções na Lapa de samba " com a pegada do Cacique de Ramos. E só temos isso no Carioca com o Tempero Carioca as quintas, sem desmerecer os outros grupos que fazem tb um samba da melhor qualidade, mas diferente, o que não os desvaloriza, ao contrário.

Li no globo semana passada sobre um bar onde Jorge Aragão é socio que já existe na Barra e que vai abrir na Lapa, na rua do Lavradio. Promete esse samba, vamos torcer! Vejam o artigo do globo abaixo

MESTRE DO CACIQUE DE RAMOS PULA O BALCÃO
25/09/2009

O sambista Jorge Aragão é um dos sócios de casa de shows que inaugura, em meados de outubro, na Lapa



JORGE ARAGÃO: “Eu estou acostumado a entrar por outra porta...”


João Pimentel

ALapa é conhecida por não abrigar muito bem o samba com pegada da turma do Cacique de Ramos. Beth Carvalho já reclamou disso, Mart’nália, pasmem, já foi advertida por tocar o pandeiro com o vigor de quem foi criada nas rodas de partido alto. Mas essa situação pode estar mudando justamente pelas mãos de um dos maiores símbolos da turma que revolucionou o samba no início dos anos 1980. Jorge Aragão chega à Rua do Lavradio, no bairro boêmio, na função de sócio da terceira filial do Bossa Nossa, bar e restaurante que foi criado com o intuito de levar um pouco da Lapa para a Barra da Tijuca. A nova casa, que fica na Rua do Lavradio, será inaugurada em outubro, mas Aragão nega que a primeira atração da casa seja ele.

— A ideia principal, mais do que servir de palco para mim, é reunir o que há de melhor de instrumentistas e cantores. Sirvo mais como uma pessoa que agrega e pode dar à casa uma programação musical do mesmo nível do cardápio oferecido — conta Aragão, acrescentando que, ao contrário da intenção inicial da casa, ele não pretende levar a Barra para a Lapa.

Como diz o samba “Alguém me avisou”, de Dona Ivone Lara, ele chega pisando no chão da Lapa devagarinho.

— Não temos a intenção de pular na frente de ninguém. Estamos aprendendo.

Encontro na Barra gerou a sociedade em casa da Lapa

Aragão entrou para a sociedade por acaso. Sabendo que havia um samba no bairro em que mora, no condomínio Rio 2, na Barra, ele passou a frequentar o local e, aos poucos, tornou-se amigo dos sócios. Na época das comemorações de um ano do Bossa Nossa, resolveu presentear os companheiros com um show, que virou uma temporada de três meses, que se desdobrou no convite para ele pular o balcão.

— Quando ele falou que iria fazer um show para a gente, fui ao banheiro e comecei a chorar. Quando voltei à mesa, meu outro sócio já negociava a entrada dele na parceria — conta um dos donos, Marcelo Maneiro.

— Queria ajudar os caras que tiveram a ousadia de abrir uma casa de samba em um lugar isolado da Barra. Agora estou aqui. Ainda estranho um pouco. Eu estou acostumado a entrar por outra porta e só aparecer na hora em que me chamam no palco. Agora eu entro pela frente e, quando as pessoas começam a me olhar, não sei se é porque me reconhecem ou se ficam esperando que eu reclame com o garçom — brinca Aragão, que emprestou o nome a um prato da casa.

O bairro boêmio representa para o sambista uma chance de exercitar o hábito que tinha no Cacique de observar os novos compositores. Ele conta que sua história no trecho delimitado pelos arcos históricos e pela Praça da Cruz Vermelha, interligados pela Rua Mem de Sá, é apenas familiar, já que tinha um primo que morava ali e que, vez por outra, o convidava para almoçar.

— Não tinha a coisa da boemia. O bairro me atrai é pela musicalidade. Adoro ouvir o que está acontecendo no dia-a-dia, o que estão cantando de novo. O problema é que invariavelmente eu chego em um lugar e o cara que está com o microfone aponta para mim e diz: “O Jorge Aragão está aqui. Canta para a gente!”. Acho que a canja tem que ser natural, o artista tem que se sentir bem.

Uma temporada de estreia na casa não faz parte, ao menos por enquanto, dos planos de Aragão, que explica sua ausência dos palcos cariocas.

— Minha carreira hoje se concentra muito fora do Rio. Oitenta por cento dos shows são para empresas. Assim, fujo da coisa da bilheteria, de alguns cheques sem fundos...
Jornal: O GLOBOAutor:
Editoria: Segundo CadernoTamanho: 677 palavras
Edição: 1Página: 5
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Caderno: Segundo Caderno

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