Bem-Vindo!

O Dama da Noite como todos sabem fechou as portas no lindo casarão da Gomes Freire no ultimo dia do ano de 2005 mas o nome já é referencia cultural e de boa musica. Por isso estaremos ocasionalmente recomendando eventos e shows que merecerem o nosso apoio. Vejam fotos
http://picasaweb.google.com/marcia.dantonio/DamaDaNoite#

terça-feira, 21 de julho de 2009

Moyseis Marques na Varandas do Vivo Rio, Quinta 23-07,João Calado no CCC e Paulo Moura no Mas Será o Bendito















Eu não recebi nenhuma divulgação até agora da produção e nem convite :( , mas está bem divulgado na MPB FM. O lançamento no Circo Voador foi um show emocionante, como falei na epoca, com participação da Velha Guarda da Portela. Mas atrasou muito, estavamos todos muito cansados no final e acho que merece um repeteco em um lugar mais intimista. Eu não conheço Varandas do Vivo Rio, mas promete ser um show aonde vamos aproveitar melhor a musicalidade, a qualidade da voz dele que é linda! No circo tem todo aquele astral maravilhoso, mas é muito barulho em volta e aquelas coisas de circo voador... vejam algumas fotos do show acima.

E saibam mais sobre esse encanto de compositor e interprete que já tem até musica na novela, em: www.moyseismarques.com.br

www.myspace.com/moyseismarques


Então super recomendo esse show! Vejam mais detalhes em http://www.vivorio.com.br/varanda_detalhe.asp?ID=178

Datas e horários:

Dia 23 de julho às 20:30h.

Lançamento do CD Fases do Coração - Participação: Marcos Sacramento e Pedro Miranda

No CCC temos o lançamento do cd de João Calado veja a programação completa do CCC em http://www.centroculturalcarioca.com.br/



E ainda nesta quinta temos Paulo Moura no Mas Será o Benetido que devido ao sucesso vai continuar no mes de agosto. Importante lembrar a luxuosa participação de Carlinhos Sete Cordas, Wanderson Martins e Gabriel Grossi

Para saber mais sobre essa nova e simpatica casa e sua programação completa acessem o nosso queridos sites: www.samba-choro.com.br ou www.lanalapa.com.br

Vejam a entrevista do Paulo Moura na revista de domingo do globo:

"19/07/2009

princípio, a temporada de shows de Paulo Moura no Mas Será o Benedito — mistura de bar, restaurante e casa de samba na Lapa — iria até julho. Mas foi estendida até fim de agosto. “lsso, se ele não quiser continuar”, avisa o dono, Kadu Tomé. O bailão dançante “Quinta com Paulo”, às quintas, vai de Pixinguinha a Gershwin, passando por Jacob do Badolim. “É uma noite em que a gente pode fazer de tudo, desde que seja dançante”, define. Esta semana, o clarinetista lança junto com Armandinho o disco “Afrobossanova” (Biscoito Fino), com músicas de Tom. Há dois anos, Moura começou um trabalho musical voluntário com jovens na favela Vila das Canoas, em São Conrado. Uma colega de sua mulher integra a pastoral da igreja no bairro e fez o convite. “Topei porque tem ligação com o trabalho que faço com a gafieira, de aproximação com o povo.” Aos 77 anos, o músico, compositor, arranjador e maestro transita com igual desenvoltura por salas de concerto e gafieiras; sinfônicas e bandas de música; pelo erudito e o popular. Vai do choro ao jazz, da MPB à bossa nova. Já tocou com Stravinsky e Leonard Bernstein, regeu a Orquestra Sinfônica de Moscou e botou muita gente para bailar, como a mulher que interrompe o papo e diz: “Você me tirou uma vez para dançar, nunca mais vou esquecer. É um orgulho!”


...COM PAULO MOURA
19/07/2009

Alessandra del Bene


REVISTA O GLOBO: Você ensina música no projeto da favela Vila das Canoas, em São Conrado. Como é?

PAULO MOURA: Com as garotas, comecei a fazer um coral, já que no começo não havia instrumentos. Elas só conheciam coisas como Jota Quest. Passei outras músicas, dos jovens dali mesmo e de outros compositores. Tentei “Meditação”, do Tom, mas foi complicado, elas não conseguiam entoar. Para afinar era preciso empenho, mas faltava disciplina. E elas ficavam tímidas, desconfiadas: “Quem é esse cara que veio ensinar música de graça para a gente? O que ele está querendo?” Elas não continuaram.

E os rapazes, permaneceram no projeto?

Estou preparando quatro deles, um cantor, um baixista, um violonista e um baterista, para gravarem um CD, com músicas próprias. Conseguimos instrumentos, mas são de baixa qualidade. Vou toda segunda, das 20h às 22h. Ensino a função dos instrumentos, a junção deles com os demais, oriento o que ouvir, ensaio para terem disciplina de tocar em conjunto. Eles fazem letras sobre o local onde vivem. Um deles compôs um samba em homenagem a uma espanhola, estudante de sociologia, que morou ali um tempo. Diz um trecho: “Ela devia ficar no Brasil, vai deixar saudade.” O nome do grupo e do projeto é Pra Canoa não Virar. Há ainda crianças aprendendo flauta doce e bateria. Falta substituir esses instrumentos que estão lá, além de conseguir instrumentos de sopro e um piano. Não pode ser teclado, que não é para estudar. E enjoa de tocar e ouvir em pouco tempo. Tem gente que tem dois pianos ou não quer mais o seu. (Quem quiser doar algum instrumento é só procurar Elizabeth ou Janaína: 2420-4703.)


Como você foi parar no histórico concerto da bossa nova no Carnegie Hall, em 1962?

Eu tocava na TV Excelsior. Saía, pegava o ônibus e quando via um amigo no Beco das Garrafas saltava. Um dia estava o Sergio Mendes. Ele disse que ia formar um conjunto de bossa nova para atacar lá em cima (nos EUA). Pensei: “Isso de viagem é bobagem, não vai rolar, vou entrar nessa só para ensaiar.” Mas, logo nos primeiros ensaios, surgiu o convite. Na plateia, estava meu ídolo, Gerry Mulligan. “Quando olhei ele estava suingando com o meu solo. Pensei: ‘Não é possível. Eu suingo tanto com os solos dele!’.”

As pessoas estão dando valor à música instrumental?

Agora estão dando muita ênfase ao canto. Essa atenção maior ao cantor poderia me incomodar, mas é uma tendência mundial. É o que aparece na TV. Quando mostra um conjunto popular, é sempre com um cantor, e o instrumental acompanhando. Não sabem que um instrumento pode ser solista. Mas a arte dos sons, a música instrumental, também é apreciada por muita gente. É para isso que trabalho. Estava com receio de voltar a fazer algo de que gosto muito: tocar para dançar (sem canto). Mas o show aqui atrai gente de todo o Rio. E vejo que hoje as pessoas estão aplaudindo mais os solos.

Como é recebida lá fora nossa música instrumental?

Muito bem. Já viajamos (o grupo que está tocando às quintas) para países como França, Israel e Tunísia. Não é muito comum essa mistura de choro e samba com sabor jazzístico que fazemos. O Rio é uma cidade que assimila os estilos musicais até virar uma coisa própria. E o violinista Santino Parpinelli dizia que todo brasileiro nasce músico, mas os pais o corrigem.
Jornal: O GLOBOAutor:
Editoria: Revista O GloboTamanho: 587 palavras
Edição: 1Página: 8
Coluna: Seção:
Caderno: Revista O Globo

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Um comentário:

Anônimo disse...

Desde a publicação da entrevista de Paulo Moura tenho tentado, sem sucesso, entrar em contato com o telefone indicado na reportagem (2420- 4703 falar com Janaina ou Elizabeth) a fim de doar um piano de forma a colaborar o projeto de ensino de música que ele mantem na Vila das Canoas. Sou moradora de S. Conrado e até o próximo dia 13.10.09 estarei a disposição para contato. Caso contrário serei obrigada a dar outro destino ao piano. Será que poderiam verificar do interesse de Paulo Moura entrarem em contato comigo, já que não tenho informações como fazer isso? Grata