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terça-feira, 21 de julho de 2009

Tantinho lança CD no Rival quarta feira,22-07










Tantinho da Mangueira lança álbum em homenagem a Padeirinho no Teatro Rival. Veja materia publicada ontem no Globo. E saiba mais sobre o projeto em

http://www.mpbbrasil.com/artepetrobras/content.asp?cc=68&id=15358

Escute a "Rua das Casas" com Tantinho em http://extra.globo.com/blogs/vetudo/posts/2009/07/19/tantinho-canta-padeirinho-da-mangueira-205699.asp

"Um Tantinho de crônica do samba e da Mangueira


João Pimentel


Um dos grandes compositores da Mangueira na voz de uma das vozes mais importantes da escola. Padeirinho, autor de clássicos como “Favela”, “Como será o ano 2000”, “Linguagem do morro” e “Cavaquinho emprestado”, ganha uma justa homenagem em disco dirigido por Paulão Sete Cordas.

Tantinho, apelido de Devani Ferreira, está para a Mangueira como Monarco está para a Portela, ou seja, é a memória viva da História, dos personagens e, principalmente, dos sambas que sua lembrança insiste em trazer à tona. E seu trabalho atesta o que o biógrafo do sambista, o jornalista Franco Paulino, autor de “Padeirinho — Retrato sincopado de um artista”, escreve na contracapa do CD: “Padeirinho integra, com Cartola, Geraldo Pereira e Nelson Cavaquinho, a quadra de ases da Mangueira”.

Mestre do improviso e autor de partido alto, samba-canção, de terreiro, de enredo e outras variações, Oswaldo Vitalino de Oliveira tem músicas gravadas por Jamelão, Elza Soares, Beth Carvalho, João Nogueira, Nara leão, Alcione, Cristina Buarque, Candeia, Paulinho da Viola, Leci Brandão e outros, mas depois de sua morte, em 1987, quando se preparava para gravar seu primeiro disco, foi caindo no esquecimento.

E Tantinho, partideiro de versos certeiros como ele, talvez o último da escola romântica do samba, com sua memória prodigiosa e seu timbre único, trata de pôr um fim a este ocaso.


Padeirinho tem como marca principal a crônica da favela, imortalizada em “Linguagem do morro”: “Baile lá no morro é fandango/ Nome de carro é carango/ Discussão é bafafá/ Briga de uns e outros dizem que é burburim/ Velório no morro é gurufim”. E isso está presente em muitas faixas do disco. “Modificado” é uma crítica à bossa nova (“Já não se fala mais do sincopado/ Desde quando o desafinado aqui teve grande aceitação?”). Já “Rua das casas” é um casamento perfeito entre letra e melodia. O encontro com um ex-amor que havia se esquecido dele é um achado: “Estou em casa aos domingos/ é bem fácil me encontrar/ Moro na Rua das Casas/ No lado oposto ao número par”.

O CD não se centra apenas em releituras das músicas mais famosas. “Esta saudade”, “Logo a mim”, “O remorso me persegue” e “Distância” são pérolas raramente cantadas, mas que têm qualidade para integrar qualquer antologia. “Terreiro de Itacuruçá”, gravada por Germano Mathias nos anos 1950, é um primor de partido, assim como “Se manda mané” e “Cuidado mulher”, esta com a participação do herdeiro de Padeirinho nos versos, Marquinho China.

É um disco muito bem cuidado, desde a parte gráfica até os arranjos de Paulão. Uma prova de que Padeirinho era um dos grandes? Só ele poderia bater de frente com o malandro Geraldo Pereira, como fez em “A situação do Escurinho” uma resposta ao clássico personagem. O disco terá show de lançamento na quarta-feira, às 20h, no Teatro Rival.
Jornal: O GLOBOAutor:
Editoria: Segundo CadernoTamanho: 514 palavras
Edição: 1Página: 3
Coluna: Seção:
Caderno: Segundo Caderno

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"Publicada em 21/07/2009 às 09h37m

Tantinho da Mangueira / Divulgação

RIO - Amigo de Cartola, Dona Neuma, Nelson Sargento, Carlos Cachaça, entre outros célebres mangueirenses, o compositor Tantinho sobe ao palco do Teatro Rival nesta quarta-feira (22.07), às 19h30m, para lançar o álbum "Tantinho canta Padeirinho da Mangueira". Uma justa homenagem a outro compositor da verde-e-rosa, que morreu em 1987, quando ia lançar seu primeiro disco.

O primeiro dinheiro que Devani Ferreira, o Tantinho, ganhou foi com uma música de Padeirinho, aos sete anos. Cantou "Mora no assunto" no programa do Chacrinha na Rádio Mairynk Veiga. Ganhou o concurso e "uma bufunfa", que gastou para comprar roupa de malandro e ir ao baile na Mangueira.

O disco tem 14 músicas de autoria do compositor. Além de conhecidas, como "Linguagem do morro", "Favela" e "Grande presidente", traz quatro canções inéditas: "Logo a mim", "Cuidado mulher", "Distância" e "Modificado". A direção musical é de Paulão 7 Cordas.

O primeiro disco de Tantinho foi lançado em 2006, "Tantinho, memória em verde e rosa", e registrou parte da história musical do morro de Mangueira. O álbum foi vencedor do Premio TIM de 2007 na categoria "Melhor Disco de Samba" e ganhou os maiores elogios da crítica especializada.

Osvaldo Vitalino de Oliveira, o Padeirinho da Mangueira, foi um dos inovadores do gênero do samba. Sua obra foi gravada por intérpretes como Nara Leão, Jamelão, Paulinho da Viola, João Nogueira e Beth Carvalho. Em 1987, quando estava prestes gravar seu primeiro disco, morreu de depressão após o falecimento da esposa.

Tantinho da Mangueira @ Teatro Rival. Quarta-feira (22.07), às 19h30m. Rua Álvaro Alvim 33 / 37, subsolo, Cinelândia - 2240-4469. R$ 40 e R$ 30 (cem primeiros pagantes)"

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